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A audição é um dos sentidos que se desenvolve aos poucos e ela ocorre nos primeiros anos de vida. Para o som ser compreendido deve entrar por nossas orelhas e ser traduzido pelo nosso cérebro. As pessoas que possuem perda auditiva quando passam a ter novamente a sensação de ouvir através de um aparelho auditivo muitas vezes estranham e também apresentam dificuldades em se acostumar com essa nova forma de ouvir. Essa sensação de dificuldade em acostumar com o som acontece pois não ouvimos somente com a orelha mas ouvimos também com o cérebro.

O aparelho auditivo atua inicialmente na amplificação do som de forma que o som que não era mais detectado ou que precisava ser muito intenso para ser ouvido, agora passa a ser percebido através desta amplificação. Mas essa percepção do som pode não referenciar uma compreensão comunicativa total. A compreensão e a interpretação do som quem faz é o nosso Processamento Auditivo.

O Processamento Auditivo é quem processa o som, e para isto são necessárias diferentes habilidades auditivas que são responsáveis pela nossa capacidade de localizar e memorizar os sons, discriminar os diferentes tipos de som, entender a conversa em ambientes ruidosos, entre outras habilidades que fazem parte da audição. A nossa via auditiva é quem leva o som ao cérebro, ela acaba se tornando fraca por não ouvir e também pela falta de estimulação sonora causada pela perda auditiva. Essa falta de ouvir faz com que os neurônios responsáveis pelo processamento e pela compreensão do som parem de funcionar. Por isso, é importante iniciar a adaptação do aparelho auditivo assim que a perda auditiva é diagnosticada, para que não dê tempo do nervo auditivo e as demais estruturas do sistema auditivo sofrerem com a falta de estimulação através do som.

Quando está via auditiva está muito prejudicada, mesmo após a adaptação com o aparelho auditivo, os usuários podem apresentar muitas queixas, como por exemplo, a de compreensão da fala e a conversa em ambientes com barulho, pois as habilidades auditivas necessárias para uma boa compreensão nestas situações estão prejudicadas. Nesses casos de dificuldades de compreensão a reabilitação auditiva pode ser uma opção para melhorar as habilidades auditivas e proporcionar maior capacidade de discriminação e compreensão da fala. A reabilitação auditiva baseia-se na capacidade do cérebro em se modificar mediante a estimulação auditiva, que é a chamada neuroplasticidade.

Na reabilitação auditiva, as habilidades auditivas são estimuladas por meio de exercícios auditivos que também envolvem atenção e memória, como por exemplo discriminar sons de frequência e intensidades diferentes, prestar atenção na fala de uma pessoa enquanto ouve uma história na outra orelha, memorizar sons em sequências. A realização desses exercícios em uma certa frequência e por certo período de tempo é capaz de modificar as estruturas cerebrais, aumentando e fortalecendo as redes neurais responsáveis pelo processamento auditivo, resultando em uma audição mais eficiente e, é claro, melhorando a compreensão da fala.

É importante ressaltar que com a adaptação do AASI já ocorre uma estimulação e tratamento da via auditiva que estava abandonada. Por isso que, após um período de 3 meses em média, as queixas auditivas diminuem e a maioria dos usuários ficam bem adaptados. O fonoaudiólogo responsável pela adaptação do aparelho auditivo e seu devido acompanhamento irá saber identificar se há necessidade de reabilitação auditiva.

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